Minha opinião
Acho que como eu, a maioria das pessoas que são de minha faixa etária, são fãs de filmes de BANG BANG/Faroeste, quem nunca brincou ou teve um brinquedo que lembrasse a 7º cavalaria ou uma tribo indígena. Este livro que hoje lhes apresento conta esta história, mas ao contrário da bela história encenada nos filmes ou retratada nos romances, este é um relato histórico verdadeiro. Neste livro poderemos realmente conhecer quem eram os bandidos e quem eram os mocinhos, é um relato de como foi a destruição de um povo milenar, tanto material como culturalmente, um povo que recebeu como irmão os estranhos e mal-cheirosos homens brancos e recebeu em troca morte e destruição. No livro o autor restringe sua pesquisa aos Estados Unidos da América, mas podemos muito bem transpor os fatos para uma área maior e abranger todas as Américas, boa parte da África e Oceania, terras que tiveram a infelicidade de receber o homem branco. Homens que se achavam no direito de civilizar aqueles que poderiam muito bem nos dar lições de civilização, povos que não se importavam em dividir o que o "Grande Espírito" lhes deu, pois acreditavam que havia terra bastante para todos. Como já disse, este não é um romance, mas um relato, nada cansativo ou entediante, em que o autor nos possibilita conhecer histórias reais de verdadeiros heróis. Viaje você também neste livro...
Sobre o autor
Dee Brown, bibliotecário de profissão, é uma das maiores autoridades na história do Oeste Americano. Passou mais de dois anos pesquisando relatos de reuniões de assinatura de tratados, se massacres e histórias tribais para escrever seu livro. Formou-se na Universidade George Washington, na capital americana, hoje dedica parte de seu tempo à pesquisa e seu trabalho na biblioteca da Universidade de Illinois.
Fonte:
BROWN, Dee. Enterrem meu coração na curva do rio. 4. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1970. 292 p.
Sobre o livro
É o eloquente e meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira-mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Sioux, Cheyenne e outras contarem com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extinguí-los. Publicado originalmente em 1970, este livro foi traduzido para dezessete línguas e vendeu quatro milhões de exemplares. Com ele, Dee Brown, um dos maiores especialistas em história norte-americana, mudou para sempre o modo do mundo ver a conquista do Velho Oeste e a história do extermínio dos peles-vermelhas.
"Onde estão hoje os Pequots? Onde estão os narragansetts, os moicanos, os pokanokets e muitas outras tribos outrora poderosas de nosso povo? Desapareceram diante da avareza e da opressão do Homem Branco, como a neve diante de um sol de verão. Vamos nos deixar destruir, por nossa vez, sem luta, renunciar a nossas casas, a nossa terra dada pelo Grande Espírito, aos túmulos de nossos mortos e a tudo que nos é caro e sagrado? Sei que vão gritar comigo: Nunca! Nunca!"
TECUMSEH, dos shawnees
"De quem foi a voz que primeiro soou nesta terra? A voz do povo vermelho que só tinha arcos e flechas... O que foi feito em minha terra, eu não quis, nem pedi; os brancos percorrendo minha terra... Quando o homem branco vem ao meu território, deixa uma trilha de sangue atrás dele... Tenho duas montanhas neste território - as Black Hills e a montanha Big Horn. Quero que o Pai Grande não faça estradas através delas. Disse estas coisas três vezes; agora venho dizê-las pela quarta vez."
MAHPIUALUTA (Nuvem Vermelha), dos sioux oglalas
6 comentários:
Já estava com saudades de tuas indicações.
Muito assisti filmes de Bang Bang na minha infância.
Colocarei na minha lista de livros para ler um dia desses.
Vê se não some, esse cantinho precisa de tuas viagens literárias.
Grande bjoooo
Cris
Olá. Meu nome é Dilma. Gostei muito do seu blog. Estou terminando de ler este livro, é realmente extraordinário. Muito disso ainda acontece. Como exemplos temos o caso agora em Roraima, onde a demarcaçao de terras AINDA gera dispustas..ou ate mesmo aqui no Paraná, onde vemos no município de Piraquara, uma comunidade Guaraní, que teve de se mudar pra alguns lugares antes de se estabelecerem lá. Hoje eles passam por muitas dificuldades (extremas). Temos muitos casos e comunidades pelo Brasil em situaçoes ruins, em pleno século 21!!!! Com certeza temos muitos heróis, indígenas e negros na histório do Brasil. Conhecer a nossa história deste ponto de vista, deveria ser obrigatório desde os primeiros anos da escola. Todo brasileiro tem um dever quanto a nossa primeira populaçao, a indígena, o dever de no mínimo, respeito e reconhecimento.
Parabéns pelo blog.
Dilma Nascimento
Curitiba-Paraná
Eu li o Mistério de Feurinha, e simplesmente amei, tenho que indicar no blog!!!
Como você escreveu, eu fui um menino que brincou muito de "mocinho" e até ganhei um apelido: Durango Kid... Meus irmãos ficavam apavorados porque eu até sonhava (e falava dormindo) que índios me perseguiam... Assisti vários filmes que falavam da realidade do tema indígena norte-ameriano, como "O crepúsculo de uma raça", "pequeno grande homem" e outros. Estou terminando de ler o livro de Dee Brown chamado "O Faroeste", onde ele conta a história da conquista do oeste desde a chegada dos espanhóis até o extermínio dos nativos. Recomendo. Digo que não concordo com tudo o que ele escreve e pela vivência de algumas coisas posso dizer que há incorreções pontuais no livro, mas que dá uma geral nos acontecimentos isto é certo.
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